quinta-feira, 29 de julho de 2010

Celso Gomes inova ao promover a inclusão dos deficientes visuais no processo eleitoral.



Quase nunca lembrada pelas classes políticas, a Associação dos Deficientes Visuais do Estado de Rondônia (Asdevron) se surpreendeu na terça-feira (27) com a iniciativa de um candidato a deputado federal em Rondônia. Durante o encontro, o jornalista e bacharel em Direito, Celso Gomes (PDT-RO) ofereceu um tratamento personalizado ao apresentar material de campanha utilizando o alfabeto Braile, método muito utilizado na comunicação entre cegos.

Com o método, estava escrito no seu cartão de visita o seu nome, número, como também os dados do candidato a governador da sua Coligação, e o seu slogan: “Justiça e Cidadania com Voto Limpo”.

“O objetivo é viabilizar a inclusão dessas pessoas no processo eleitoral e garantir a eles maior facilidade de acesso à cidadania. Um papel que todo candidato ou político deveria fazer”, explicou Celso Gomes ao dizer ainda que, como profissional da comunicação, não poderia deixar de usar essa linguagem para divulgar as suas ideias de campanha.


Na ocasião, o presidente da Asdevron, Carlos Cataca, acompanhado do vice, Alberto Magalhães, destacou a iniciativa do candidato e revelou os anseios e dificuldades enfrentadas pelos integrantes da entidade. “A falta de acessibilidade nos locais públicos, inexistência de atendimento personalizado nas unidades de saúde e órgãos públicos, as ineficazes políticas públicas para o setor, e a falta de uma sede própria da Associação são alguns dos desafios”, disse Cataca.

Atualmente, é na residência do presidente que funciona a Asdevron, onde são oferecidos serviços e cursos na área de informática, braile, soroban (ábaco japonês), orientação e mobilidade.

Na Câmara dos Deputados, Celso confirmou o apoio efetivo ao grupo, dizendo que lançará propostas de lei que obrigue estados e municípios a produzirem material de divulgação e documentos públicos que atendam as necessidades do deficiente visual, além de outras ações que garantam maior acessibilidade e respeito aos deficientes visuais.

“Para nós que enxergamos, está perigoso atravessar a rua em Porto Velho, por exemplo. Por isso devemos lutar para que essas pessoas tenham os seus direitos e acessos garantidos, pois todo mundo é igual perante a lei”, concluiu Celso Gomes.